A premiação ocorreu no último sábado, 4, na cerimônia de encerramento da Febrace
O projeto “AirQ: mecanismo de verificação da qualidade do ar”, do Campus Natal-Central do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), levou para casa um prêmio na edição 2020 da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, promovida e organizada pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, por meio do Laboratório de Sistemas Integráveis. Além do Campus Natal-Central, o Campus Ceará-Mirim também foi premiado na cerimônia que ocorreu no último sábado, 4.
O projeto AirQ, do Campus Natal-Central, recebeu o Prêmio Defesa Civil do Estado de São Paulo. Os estudantes Klicyelle do Nascimento Araújo, Leonardo Soares Pereira e Keyvisson Macena Bulhões da Silveira, junto ao professor Moisés Cirilo de Brito Souto, orientador do projeto, receberão certificados. O AirQ tem o objetivo de realizar a verificação da qualidade do ar por meio da detecção dos principais poluentes atmosféricos, de modo a ser mais acessível e a oferecer uma maior possibilidade de integração. As informações dos sensores são coletadas através de estações com sensores e, em seguida, encaminhadas para um centralizador que as disponibiliza na internet, através de uma plataforma pra IoT (Internet of Things) chamada Samanaú.WEB.
Participação
Para Moisés Souto, professor orientador do projeto AirQ, esse prêmio significa o reconhecimento de um ano de trabalho da equipe junto ao Centro de Competências em Software Livre (CCSL) do IFRN. “Nessa fase inicial, após o significativo reconhecimento com o prêmio da Defesa Civil do Estado de São Paulo, na Febrace 2020, esperamos conseguir reunir um conjunto de instituições que possam financiar o desenvolvimento de dispositivos como o AirQ, que integra uma série de projetos desenvolvidos pelo CCSL”, disse o professor. Já Leonardo Barros, um dos estudantes da equipe, creditou ao prêmio a representação de ‘todo o trabalho e esforço por parte de um conjunto de pessoas envolvidas no projeto direta e indiretamente, mostrando o valor da cooperatividade e a importância do ensino, pesquisa e tecnologia”, destacando a fundamental necessidade de investimento contínuo nas instituições que promovem e apoiam esse tipo de iniciativa acadêmica, que estimulam sempre os alunos a crescerem tanto no quesito intelectual quanto pessoal’.
A fala do estudante reforça o que pensa Carolyna Cibelly, coorientadora do projeto: “essa conquista, sem dúvidas, é sinônimo de dever cumprido. Acredito que o AirQ tem grande potencial de se tornar um produto que trará muitos benefícios para os ambientes onde ele for instalado. O prêmio é só o começo da jornada”, disse. Para Klicyelle Araújo, a sensação de início de uma trajetória se traduziu na própria presença no evento. “Considero que participar da Febrace foi uma espécie de desafio para mim, porque eu nunca tinha participado de uma feira de caráter científico antes”, lembra a estudante.
Febrace
Entre 23 de março e 4 de abril, um grupo de dez equipes do IFRN integrou, junto a outras 335 grupos de estudantes de todo o Brasil, a fase final da edição 2020 da Feira Brasileira de Ciência e Engenharia (Febrace). Os campi Caicó, Ceará-Mirim, Ipanguaçu, Lajes, Mossoró, Natal-Central, Natal-Zona Norte e Santa Cruz têm projetos nas áreas Biomédica, Ciência e Tecnologia de Alimentos, Economia Doméstica, Eletrônica, Eletrotécnica, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Materiais e Metalúrgica e Química.
A Feira Brasileira de Ciências e Engenharia é um movimento nacional de estímulo ao jovem cientista, que todo ano realiza, na Universidade de São Paulo, uma grande mostra de projetos. Desde 2003, a Febrace tem descoberto novos talentos e gerado oportunidades. Sua história é composta por alunos, professores, pais e escolas que, juntos, mostram à sociedade brasileira que aprendem a aprender, que podem querer e que podem fazer. O evento, realizado desde 2003, acontece online pela primeira vez: em virtude da pandemia do Covid-19, a organização cancelou as atividades presenciais, que aconteceriam de 16 a 20 de março.
Entre os objetivos do evento, a Febrace busca estimular novas vocações em Ciências e Engenharia, através do desenvolvimento de projetos criativos e inovadores, ao mesmo tempo em que tenta aproximar as escolas públicas e privadas das universidades, criando oportunidades de interação entre os estudantes e professores destas comunidades acadêmicas.